Como seriam os toca-discos de hoje?

Nobres colegas,

Apesar dos toca-discos ainda serem fabricados atualmente, as mega-empresas, que produziram os vintages que conhecemos, não mais investiram em novas tecnologias para aprimorar os toca-discos.

Se essa evolução não tivesse sido interrrompida, como vocês acham que seriam os toca-discos de hoje, fabricados pela Akai, Sony, Sansui, Pioneer, Thorens e JVC, por exemplo? (Vou parar por aqui, pois são tantas marcas que acabarei esquecendo de algumas)

Abraços.

José

Boa pergunta. Mas de dificil resposta.

Eu penso que seriam à semelhança do leitor de laser disco, mas sem laser mas com o mesmo mecanismo de braço e cartridge.
Portanto, o disco colocava-se numa gaveta grande como a dos laser disc.
E seria possível mudar as faixas através do comando à distância, onde o braço levantava e ia para a faixa que pretendíamos, também poderia acelerar a musica ao premir o botão para a frente, dando mais rotação ao disco.
E claro, quando chegasse ao fim do disco, ele recolhia o braço automaticamente assim como no começo do disco colocaria o braço em cima do começo da faixa, embora alguns gira-discos já fazem isto.

Quando quiséssemos ouvir o outro lado do disco, tirava-se o disco e virava-se ao contrario, mas isso seríamos nos a fazer, tal como acontece com o laser disc.

Acho que uniriam excelente qualidade sonora (superior aos toca-discos high end atuais) com ajustes automáticos para cada tipo de cápsula.

Alguém mais dará uns palpites?

Futurologia não faço mas seriam qq coisa como este (uns mais artilhados/outros menos)
http://www.laser-turntable.com/Turntables/Laser/TheLaserTurntable.htm

Olá Rui,
Não se trata bem de futurologia, se trata de como seriam os toca-discos na atualidade.
Leitor laser de LP seria uma das opções, mas acho que dificilmente substitui a agulha e cápsula em termos de qualidade sonora.
O próprio LP teriam melhorado muito, se não tivesse sido "colocado em segundo plano".

Abraços

José Augusto

Penso que se as marcas tivessem investido em ID teriamos qualquer coisa do gênero do link que forneci, mais artilhado, mais abonecado, mais..., penso é que nunca teriamos uma agulha a fazer fricção num vinil.
E tu caro José Augusto como é que achas que seriam os gira-discos actuais sem futorologia?

Cumprimentos
Rui

Caro Rui,

Vamos lá...

Creio que os toca-discos "atuais" (fabricados pela Sony, Sansui, Thorens, Akai, Kenwood, Pioneer, etc.) seriam direct drive em sua maioria, totalmente livres de variação de velocidade e ruídos. O prato "sugaria" por pressão o disco, corrigindo o empeno dos mesmos. O braço seria totalmente automático, regulando sozinho o peso, antiskating, VTA etc, para cada tipo de cápsula, tal qual as câmeras fotográficas "reconhecem" o tipo de filme.
A suspensão seria por magnetismo ou algo parecido, deixando-os isentos até de "terremotos".
E o melhor de tudo é que não seriam caros como os atuais high end.
O próprio LP estaria livre de chiados e com uma qualidade de som muito superior e o CD e derivados não chegariam "nem perto".

Acho que seria por aí!

Abraços.

José Augusto

Olá José Augusto,
Estou perfeitamente de acordo excepto na parte da agulha que acho que seria um laser.
http://www.elpj.com/

Cumprimentos
Rui

Caro Rui,

Sim, hoje poderíamos ter toca-discos "tradicionais" e lidos por laser e também outros tipos de leitores que nem sequer imaginamos, todos com suas vantagens e desvantagens, convivendo harmoniosamente, tal qual foi na época do LP, K7 e fitas de rolo.

Grande abraço.

José

Há muitos anos, os gira-discos da B&O já caminhavam no sentido da modernidade. Sistema de braço tangencial, e um detector de pistas que mudava a agulha para a faixa seguinte quando se carregava num botão tipo » . Só faltava mesmo o comando à distância. E dispositivo para virar os discos. Mas para isso tinha que ter umas 5 ou 6 vezes mais tamanho! Tinha Play, Stop, etc...

Essa coisa do laser tem a grande desvantagem de ler não só os sulcos mas também qualquer grão de poeira e lixo. A luz não distingue entre uns e outros, logo os discos têm que estar limpos, imaculados, perfeitos, senão é só barulho.

Se não houvesse revolução digital, provavelmente teriamos gira-discos muito mais evoluídos, ou então leitores de cassetes mais perfeitos.

Afinal sempre havia B&O's com comando, se bem que, se não me engano, tinham que ser controlados através do comando do módulo central (pré-amplificador ou amplificador). Isto nos idos de 79 / 80.

Mellowship,
Nobre colega, eu possuo um toca-discos Sony tangencial, modelo PS LX510, com funcionamento semelhante ao B & O. Ele detecta o tamanho do disco e permite elevar/abaixar a agulha e mover o braço para o ponto desejado por meio de botões no painel, sem precisar tocar no braço.



Abraços

José

Boa tarde colegas de fórum.

Isto parece mais o Back to the future, no sentido, que já em 1978 a Sony introduzi no mercado, algo que ninguém acharia possível. Foram investidas somas astronómicas no desenvolvimento deste produto, o que na altura, era bem mais fácil, porque o gira discos era rei. Esta beleza detectava automaticamente o tamanho do vinil, tinha as funções de repeat, escolha das faixas que se queria ouvir, o braço era controlado por um microprocessador que controlava todo o movimento do braço na altura da leitura. Inclusivamente, podia-se variar o peso da agulha, coma a musica a correr. Como muitos saberão, estou a falar do famoso Sony PS-B80 (Beotracer) que custava uma pequena fortuna na altura, mas que ainda hoje é uma obra de arte. Vejam a beleza.(http://www.thevintageknob.org/SONY/sonyesprit/PSB80/PSB80.html)
Outro velho mas bom exemplo, é o Nakamichi Dragon, que inclusivamente centra os discos no qual o furo não está 100% centrado.
(http://www.allegrosound.com/Nakamichi_Dragon-CT.html)
Hoje, para economizarem dinheiro e a margem de lucro ser maior, nem a obrigatória suspensão trazem.

Abraço

António

Só tinha um pequeno defeito: é que como equipamento de alta-fidelidade não era lá grande coisa, mas, se calhar, isso também não era muito importante…

Boa tarde Astra

"Só tinha um pequeno defeito: é que como equipamento de alta-fidelidade não era lá grande coisa, mas, se calhar, isso também não era muito importante…"


Isso é um facto, mas como obra de engenheiria, sem duvida apreciável. Mas no analógico, nada como simplicidade.
Eu nunca me importei com a factor "manual" dos gira bolachas. Desde os meus 13 anos que o faço sem problema. Também nunca foi necessário a escolha de faixas, porque quando estou a ouvir uma obra, gosto de a ouvir por inteiro. Mudar do lado A para o lado B, obriga- me a um pouco de movimento, o que é bom para combater a minha obesidade
.

Abraço

António

Bem dito, António!