Danças com pre de fonos
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Blink
music
sajoao
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Danças com pre de fonos
Sempre tive dificuldade em perceber a segurança com que se criticam e avaliam componentes de audio. Na verdade a minha percepção é que se ouve um sistema e é por vezes dificil inferir e caracterizar o contributo individual dum determinado componente. Recentemente envolvi-me na escolha dum sitema para uma segunda habitação e neste labor testei alguns componentes usando uma metodologia que me parece reveladora. As conclusões aque cheguei parecem-me curiosas pelo que decidi partilhá-las neste forum.
O objectivo era era escolher o pre de fono adequado a fazer tocar um Thorens TD 316 com uma Goldring 1012 gx (devidamente afinado e instalado pelo Jorge Alves da Audioteam), num sistema constituido por um pre/ power Rega (maia/cursa) colunas Bose acustimax em comparação com outra fonte Cambridge Azur 650 CD. O pressuposto teórico era que o Thorens deveria reproduzir de forma claramente superior ao leitor de Cds. As minhas experiências foram ainda partilhadas por três membros da familia e 1 amigo com formação musical mas sem conhecimentos audiófilos. Utilizei sempre o mesmo conjunto de cabos QED silver spiral. O primeiro Pre a que tive acesso foi o NAD PP 2. Na casa dos 80 euros este pre tem obtido criticas muito favoráveis. Resultados: Um som sem corpo e sem alma. Utilizei nas audições albuns que possuo nos dois formatos (Mahler sinf 1 R Kubelik DG, Tom Waits e Cristal Gayle one from the heart, K Bohn Beethoven sinf nº 6 DG, L Ronstadt Canciones de mi padre). Quer eu proprio que qualquer dos outros individuos que participou nas audições preferiu sempre o som do cambridge (maior dinâmica, reprodução musical mais credivel, melhor separação instrumental claramente audivel na reprodução na nº 1 de Mahler. Experiência frustrante quando consideramos que o conjunto analógico em teste tinha um preço total de cerca de 400 euros (ou seja comparável ao produto digital).
Substituimos o NAD por um Project Phono SEII. Dobramos o preço do pre que passa a situar-se no patamar dos 150 euros. Resultados: Obteve-se claramente mais detalhe mas o som continuou a ser parco de dinâmica quando comparado com a fonte digital. O amigo com formação musical notou coloração na reprodução dos instrumentos de corda. Melhorou a escala e a separação instrumental. O resultado final contnuava a ser uma preferência pela fonte digital. Nesta configuração duplicar o investimento do pre de fono não se traduziu em melhorias suficientemente compensadoras para justificar o investimento. Foi esta a conclusão unânime do painel de avaliação (5 pessoas incluindo eu próprio). Um conhecido alvitrou que experimentasse um Cambridge 640 P. Tive acesso a um adquirido neste forum. Houve uma clara melhoria. Talvez curiosamente a escala se tivesse reduzido em comparação com o Project. Diriamos que as orquestras perderam elementos. Ouve uma correcção de timbres, os graves ganharam focagem e apresentação global limpidez. Qualquer dos ouvintes preferiu este pre ao Project e, se considerar que pouco mais caro é que o NAD (situa-se na casa dos 125 euros) é uma oferta fabulosa. Contudo, metade do painel continuava a preferir o digital.
Tomei conhecimento que a Audioteam estava a vender um pre da Clearaudio por preço especial atendendo a tratar-se de modelo recentemente actualizado. Trata-se do Basic. Não é frequente ler testes deste produto que, contudo pode ser adquirido por 430 euros. Os resultados obtidos ultrapassaram todas as expectativas. Não há termo de comparação possivel com qualquer dos outros pres testados. A musicalidade, mas sobretudo a escala o timbre e a dinâmica, tornaram cada audição um prazer. Mais ninguem demostrou interesse em escutar as versões digitais. Vencedor absoluto e indiscutivel neste teste com prestações tão acima dos comparadores que estranho não ler mais sobre este produto e não ver com mais frequência recom,endações a este pré.
O objectivo era era escolher o pre de fono adequado a fazer tocar um Thorens TD 316 com uma Goldring 1012 gx (devidamente afinado e instalado pelo Jorge Alves da Audioteam), num sistema constituido por um pre/ power Rega (maia/cursa) colunas Bose acustimax em comparação com outra fonte Cambridge Azur 650 CD. O pressuposto teórico era que o Thorens deveria reproduzir de forma claramente superior ao leitor de Cds. As minhas experiências foram ainda partilhadas por três membros da familia e 1 amigo com formação musical mas sem conhecimentos audiófilos. Utilizei sempre o mesmo conjunto de cabos QED silver spiral. O primeiro Pre a que tive acesso foi o NAD PP 2. Na casa dos 80 euros este pre tem obtido criticas muito favoráveis. Resultados: Um som sem corpo e sem alma. Utilizei nas audições albuns que possuo nos dois formatos (Mahler sinf 1 R Kubelik DG, Tom Waits e Cristal Gayle one from the heart, K Bohn Beethoven sinf nº 6 DG, L Ronstadt Canciones de mi padre). Quer eu proprio que qualquer dos outros individuos que participou nas audições preferiu sempre o som do cambridge (maior dinâmica, reprodução musical mais credivel, melhor separação instrumental claramente audivel na reprodução na nº 1 de Mahler. Experiência frustrante quando consideramos que o conjunto analógico em teste tinha um preço total de cerca de 400 euros (ou seja comparável ao produto digital).
Substituimos o NAD por um Project Phono SEII. Dobramos o preço do pre que passa a situar-se no patamar dos 150 euros. Resultados: Obteve-se claramente mais detalhe mas o som continuou a ser parco de dinâmica quando comparado com a fonte digital. O amigo com formação musical notou coloração na reprodução dos instrumentos de corda. Melhorou a escala e a separação instrumental. O resultado final contnuava a ser uma preferência pela fonte digital. Nesta configuração duplicar o investimento do pre de fono não se traduziu em melhorias suficientemente compensadoras para justificar o investimento. Foi esta a conclusão unânime do painel de avaliação (5 pessoas incluindo eu próprio). Um conhecido alvitrou que experimentasse um Cambridge 640 P. Tive acesso a um adquirido neste forum. Houve uma clara melhoria. Talvez curiosamente a escala se tivesse reduzido em comparação com o Project. Diriamos que as orquestras perderam elementos. Ouve uma correcção de timbres, os graves ganharam focagem e apresentação global limpidez. Qualquer dos ouvintes preferiu este pre ao Project e, se considerar que pouco mais caro é que o NAD (situa-se na casa dos 125 euros) é uma oferta fabulosa. Contudo, metade do painel continuava a preferir o digital.
Tomei conhecimento que a Audioteam estava a vender um pre da Clearaudio por preço especial atendendo a tratar-se de modelo recentemente actualizado. Trata-se do Basic. Não é frequente ler testes deste produto que, contudo pode ser adquirido por 430 euros. Os resultados obtidos ultrapassaram todas as expectativas. Não há termo de comparação possivel com qualquer dos outros pres testados. A musicalidade, mas sobretudo a escala o timbre e a dinâmica, tornaram cada audição um prazer. Mais ninguem demostrou interesse em escutar as versões digitais. Vencedor absoluto e indiscutivel neste teste com prestações tão acima dos comparadores que estranho não ler mais sobre este produto e não ver com mais frequência recom,endações a este pré.
sajoao- utilizador iniciado
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Re: Danças com pre de fonos
Viva sajoão, a resposta a este topico é mais simples do que a experiencia demonstrada, todos os equipamentos agulhas, gira-discos, cabos, andares de phono, etc. combinam electronica e sonicamente mediante o seu casamento e o gosto de quem os ouve.
Todos os equipamento usados no teste e que não deram o seu melhor contributo quando instalados noutro set-up poderiam fazer toda a diferença,inclusivamente podendo superar uns aos outros consuante a configuração do sistema.
É aqui que o audio nos prega umas fintas... :damn:
Todos os equipamento usados no teste e que não deram o seu melhor contributo quando instalados noutro set-up poderiam fazer toda a diferença,inclusivamente podendo superar uns aos outros consuante a configuração do sistema.
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music- Membro Audiopt
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Re: Danças com pre de fonos
music escreveu:Viva sajoão, a resposta a este topico é mais simples do que a experiencia demonstrada, todos os equipamentos agulhas, gira-discos, cabos, andares de phono, etc. combinam electronica e sonicamente mediante o seu casamento e o gosto de quem os ouve.
Todos os equipamento usados no teste e que não deram o seu melhor contributo quando instalados noutro set-up poderiam fazer toda a diferença,inclusivamente podendo superar uns aos outros consuante a configuração do sistema.
É aqui que o audio nos prega umas fintas... :damn:
Boa tarde, é interessante para mim que voltei ao vinil lêr estes testes, eu já tinha referido num post as diferenças que notei entre o Nano Phono da Clearaudio e o Cambridge 640p, e aí concordo com o music, é tão ou mais importante relacionarmos para além do pré phono os restantes componentes interligados.
Eu por exemplo gostei muito do Clearaudio com a DL103 mas ao fim de algum tempo voltei a ligar o 640p e ficou este ligado ao thorens 160, no meu sistema transmite mais detalhe e dinâmica e gosto mais dos baixos, o Nano está ligado a uma MM 2M da Ortofon no sistema do meu escritório e gosto, até é demais para esta célula.
Cumpts,
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Re: Danças com pre de fonos
sajoao escreveu: Vencedor absoluto e indiscutivel neste teste com prestações tão acima dos comparadores que estranho não ler mais sobre este produto e não ver com mais frequência recomendações a este pré.
caro sajoao
o mundo do audio é uma coisa estranha, por isso "não estranhe" a ausência a recomendações ao phono que testou. se calhar esse mesmo phono noutro sistema não produziria a melhoria sonora que notou, por vezes a "sinergia" entre os diversos elementos é uma coisa de dificil explicação.o interessante aí até seria testar o sistema com outras colunas (penso eu de que).
apesar de tudo o que se diz, o vinil é mesmo para uma minoria e por isso as unidades phono disponíveis em larga escala não são tantas assim, há um nicho de mercado e cada um usa a unidade phono a que tem acesso (e onde o factor económico pesa um bocado). há países (reino unido, alemanha) em que a oferta é múltipla, por cá isso não sucede por motivos diversos.
que bom seria para os adeptos do vinil que houvesse um grande número de phonos das mais variadas marcas e modelos disponíveis para audição (pelo menos dos modelos mais terra a terra - nada de preços esotéricos), mas vivemos num país adiado e ninguém com o juizo todo se abalança em tempos de crise a importar esses equipamentos, para depois ficar com eles na prateleira, como é por demais evidente. e depois o português tem por hábito ouvir cá e depois manda vir lá de fora via internet.
por último dizer apenas o seguinte: há muita gente que gosta de vinil porque nunca ouviu um cd a tocar minimamente em condições (e tenho alguma experiência do que afirmo mas isso é uma longa história que não vem ao caso). e a qualidade das gravações faz toda a diferença, em ambos os casos.
por isso se está contente com o seu phono, parabéns e que ouça o vinil por muitos anos. como diria o poeta "o caminho faz-se caminhando"......
e já me esquecia: as "recomendações" valem o que valem (o pai da noiva não diz mal da filha, certo ?), às vezes não valem nada, os ouvidos de cada um é que determinam o que é bom ou não para nós próprios.
cumps
jose mario
Re: Danças com pre de fonos
Isto sem falar que as revistas da especialidade não testam as novidades do mercado mas sim, as novidades que pagam para serem testadas.
Audio no Séc XXI = Desinformação desinformação desinformação.
Saudações Musicais
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Re: Danças com pre de fonos
Coisasdosom escreveu:Isto sem falar que as revistas da especialidade não testam as novidades do mercado mas sim, as novidades que pagam para serem testadas.
Audio no Séc XXI = Desinformação desinformação desinformação.
Saudações Musicais
E não é preciso ir mais longe, ainda este mês na Revista Connect saiu um "especial", se é que se pode chamar isso a duas páginas, com os Gira discos de luxo. Realmente é um luxo em os ter porque de 2000 a 20.000 euros é o que o freguês quiser. Aqui se vê que estes escritores da tanga não conhecem a realidade Portuguesa, até parece que nunca andamos em crise. E viva os velhinhos modelos que nos fazem acreditar que é possivel ouvir musica sem electronica em demasia.
Desculpem o offtopic foi só um desabafo, mas como já alguem disse, o nosso ouvido é muito pessoal e particular, portanto cada um tem o seu gosto e cunho pessoal.
Thorens- utilizador iniciado
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Re: Danças com pre de fonos
Obrigado pela descrição do teu comparativo. É assim que se vê e ouvem as diferenças e se chagam ás conclusões que interessam. As nossas. Eu também comprei muito :damn: e comparei muito até chegar aonde cheguei. Nem sempre o mais caro ganhou.
Em relação ao pré de phono da clearaudio, já ouvi falar muito dele, e bem, mas não em fóruns nacionais.
Um dia que calhe, levo o meu para ouvires e veres se gostas.
Abraço
Em relação ao pré de phono da clearaudio, já ouvi falar muito dele, e bem, mas não em fóruns nacionais.
Um dia que calhe, levo o meu para ouvires e veres se gostas.
Abraço
Convidad- Convidado
Test Pre-phonos
Em que medida é que o painel de ouvintes referido é vinculativo? Que background têm? Poderá acontecer ter 20, 30 paineis de ouvintes, diferentes, e ter essas mesmas diferentes apreciações. Testes de audição com certeza que podem ser de alguma forma uma referência, mas nunca absoluta. Entendo com certeza que apenas descreve a sua experiência, que no demais achei muito interessante e apelativa.
Cumprimentos audiófilos.
T
Cumprimentos audiófilos.
T
Tomaz- utilizador iniciado
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