AB-1 Bass Extenders para as Stirling LS3/5a V2

Para não arrefecer, decidi meter mãos à construção dos sub para as minhas Stirling LS3/5a V2, respeitando o projecto especificamente desenvolvido pela Rogers para as originais LS3/5a, designado por AB1 Bass Extender.

A única diferença será a utilização dos Monacor SPH-135/AD em lugar dos KEF B110, dado estes últimos já não serem fabricados e os Monacor terem especificações muito próximas dos B110.





As dimensões, materiais e detalhes construtivos estão profusamente descritos em Unofficial LS3/5A Support Site - http://www.ls35a.com/ - (AB1 & Subs).

Como é da praxe aqui vão algumas (muitas...) fotos dos diversos passos da construção.


Parte 1 - A caixa

































Continua....


Cheers

Parte 2 - O Plinto





































Continua....

Parte 3 - O Painel Trazeiro (conexões)









































Continua....

Parte 4 - Bass Port













Continua....

Low Pass Filter - LPF

































Continua....

Colocação do Damping + Selagem


























Continua....

Montagem Final









Continua....

AB-1's Terminados





























Et voilà....espero que possa ter servido de motivação aos felizes possuidores de monitoras LS3/5a para avançarem para a construção de uns subs, que complementam na perfeição as já de si espantosas LS3/5a..... mesmo para aqueles que, como eu, não vão muito à missa com carpintarias e afins....

Cheers

Excelente trabalho Artur
Os meus parabéns por mais um DIY espectacular

Paulo André escreveu:Excelente trabalho Artur
Os meus parabéns por mais um DIY espectacular

Obrigado Paulo.
Abraço

Creio que fará algum sentido apresentar algumas fotos dos AB-1's originais.
Aqui ficam algumas:


















A foto seguinte é de uns novos Stirling AB-2. Os plintos que utilizei nos meus clones são iguais aos utilizados neste modelo.

O amigo Vinyl 33 Germina Diy por todos os poros

Obrigado por partilhar

Espectacular!
E não vai à missa com carpintaria?!!! Fará se fosse...

Parabéns pelo magnifico trabalho.

Parabéns pelo excelente trabalho, ainda para mais para quem não gosta de carpintaria, será pedir muito umas fotos com elas no bass extender (foto frontal), e porque não junto do equipamento

não há duvida,... quem sabe., sabe.
e quando é feito com gosto melhor ainda.
parabens pela obra.

Viva Vinyl33,

agora vem as perguntas dificeis

Reparei que está a usar um crossover diferente do que se encontra publicado no artigo que sugeriu.



Para além do facto de não estar a usar o B110, existe algum motivo para usar outro crossover?
E porquê paralelo em vez de série?

Também reparei que na configuração que escolheu, as LS3/5 continuam a reproduzir a sua totalidade sem corte passa passa-alto, ou passo que o esquema acima liberta as mesmas dos graves que ficam exclusivamente a cargo dos AB1.

Ou seja no artigo do site passamos a ter umas colunas de três vias.
Na configuração que o Vinyl33 usou ficou com 2,5 vias.

Isto não é uma critica. É apenas curiosidade.

muitos parabens esta exelente e nao vai a bola com carpintaria quem diria a ver pelos resultados é um pro

abraço

Muito bom, ficou um trabalho excelente, parabéns...

Muito interessante este projecto que permite obter das LS3/5a um equilíbrio tonal muito mais "equilibrado", passe a redundância.

A minha dúvida é se a caixa das colunas originais não seria fabricada de acordo com o "método BBC" usado nas LS3/5a - estrutura em madeira de faia c/ 18x18mm(?) e paredes em contraplacado de bétula c/ 12mm amortecidos com painéis de betume e espuma de poliuretano de 25mm (ver The design of miniature monitoring loudspeaker type LS3/5a) - e cujo objectivo era baixar a frequência de ressonância dos painéis e acelerar a dissipação de energia.

A Harbeth, a Spendor e a Stirling ainda utilizam este método construtivo:


Bom trabalho!
Ricardo

onga-ku escreveu:
A minha dúvida é se a caixa das colunas originais não seria fabricada de acordo com o "método BBC" usado nas LS3/5a ....

Viva Ricardo

Nop.... os métodos construtivos (e materiais) das LS3 e das AB-1 são distintos.

Obrigado

Certo. Não há muita informação daí a minha dúvida.

Já agora, qual foi o material que usaste para selar a junta do painél?

onga-ku escreveu:
Já agora, qual foi o material que usaste para selar a junta do painél?

Elementar caro Watson....duas tirinhas de fetuccine, cozidas "al dente", dispostas ao longo das juntas. Depois de esmagadas dão uma selagem perfeita.

vinyl33 escreveu:

onga-ku escreveu:
Já agora, qual foi o material que usaste para selar a junta do painél?

Elementar caro Watson....duas tirinhas de fetuccine, cozidas "al dente", dispostas ao longo das juntas. Depois de esmagadas dão uma selagem perfeita.

Atão e isso não vai desatar p'raí a cheirar a esparguete mal passado?

(Desculpa Artur, não resisti, eheheh)

vinyl33 escreveu:

onga-ku escreveu:
Já agora, qual foi o material que usaste para selar a junta do painél?

Elementar caro Watson....duas tirinhas de fetuccine, cozidas "al dente", dispostas ao longo das juntas. Depois de esmagadas dão uma selagem perfeita.

Deixaste-me curioso...o que é esse molho?

onga-ku escreveu:Certo. Não há muita informação daí a minha dúvida.

Já agora, qual foi o material que usaste para selar a junta do painél?

Desculpa a brincadeira Ricardo.

A selagem foi feita com espuma de PVC, com uma face auto adesiva, com 12 mm de largura e 2,5 mm de espessura.
Depois do aperto adequado aos 14 parafusos do painel trazeiro, aqueles 2,5 mm ficam reduzidos quase a zero...









Abraço

vinyl33 escreveu:Desculpa a brincadeira Ricardo.

No problemo...
Sou um amante da "cozinha" e fiquei igualmente curioso com o molho.

Carlomar escreveu:Viva Vinyl33,

agora vem as perguntas dificeis

Reparei que está a usar um crossover diferente do que se encontra publicado no artigo que sugeriu.



Para além do facto de não estar a usar o B110, existe algum motivo para usar outro crossover?
E porquê paralelo em vez de série?

Também reparei que na configuração que escolheu, as LS3/5 continuam a reproduzir a sua totalidade sem corte passa passa-alto, ou passo que o esquema acima liberta as mesmas dos graves que ficam exclusivamente a cargo dos AB1.

Ou seja no artigo do site passamos a ter umas colunas de três vias.
Na configuração que o Vinyl33 usou ficou com 2,5 vias.

Isto não é uma critica. É apenas curiosidade.

Viva Carlomar

Palavrinha que esta me passou…. So agora reparei neste post…. Sorry.

Então, vamos lá por partes, como diria Jack o Estripador….

Carlomar escreveu:
Para além do facto de não estar a usar o B110….

Como sabe, os KEF B110 já não se fabricam. Este facto colocou um desafio aos fabricantes que ainda teimam em manufacturar as LS3/5A, que tiveram que colocar os seus departamentos de R&D na busca de soluções sucedâneas. E conseguiram…. Só que esses maduros, por norma, não vendem os seus drives isoladamente ou não divulgam a receita para transformar uns drives (eventualmente) OEM nuns “quase” B110.
Por outro lado, os fulanos da KEF (outros chatos…), quando os B110 foram lançados, possivelmente na tentativa de dificultar a vida aos fabricantes de clones, disponibilizaram muito pouca informação técnica sobre aqueles drives ( e também do tweeter T27), sendo que a única informação relevante que se conhece é a que consta do seguinte leaflet dos anos 70:




Num cenário destes só há uma saída....câmara anecoica, medição da curva de resposta dos velhos B110 e tentar encontrar soluções que consigam reproduzir o mais fielmente possível a curva de resposta daqueles. No decurso desta pesquisa constatou-se que havia soluções comerciais que conseguiam reproduzir quase fielmente as características dos B110. Destes sucedâneos, os mais conhecidos são os Monacor SPH-135/AD e os Peerless SKO130, que são a opção quase universal dos DIY’ers que nos seus projectos pretendem um B110.
É evidente que hoje em dia os originais B110 ainda se encontram. Mas gaita….vender o carro para comprar um par de drives é demais…. Isto para não falar na dúvida que legitimamente se colocará quanto ao estado das suspensões quer dos B110 usados ou mesmo NOS.
Portanto, B110 completamente fora de questão.

Carlomar escreveu:
…. existe algum motivo para usar outro crossover? E porquê paralelo em vez de série?

Sintética e pragmaticamente existe sim.
Mas não estou a usar um crossover no sentido em que habitualmente o termo é utilizado. Estou sim a utilizar um LPF Linkwitz-Riley de segunda ordem (12db/oitava) com corte aos 140 Hz. A opção pelo Linkwitz-Riley em detrimento de um Butterworth ou Bessel tem a vêr com facto de, como sabe, o Linkwitz-Riley resultar numa resposta mais flat no ponto de corte para o qual é calculado.

Reparemos na curva de resposta das LS3/5A:




E agora na curva de resposta dos Monacor SPH-135/AD:





Como vê, os 140 Hz estão mesmo a pedi-las….
Determinando o valor do condensador (em paralelo) e da inductância (em série) para um LPF com corte aos 140 Hz e para um load de 8 Ohms, obtêm-se respectivamente 71,071 uF e 18,188 mH. Os valores mais próximos que consegui encontrar e que adoptei, foram de 71 uF e 18 mH.
A esta hora está o Carlomar a dizer: - “…tá bem..!! Mas porque é que aquele gajo foi para uma solução em paralelo em vez de uma solução série como decorre do crossover original. ???”.
Calmex…já explico…
Sempre me meteu muita impressão intercalar o que quer que seja no percurso de sinal das extraordinárias LS3/5A….Manias…!!
Para mim é quase como colocar em exposição um fantástico diamante numa vitrine de vidro fosco….

E depois de alguma pesquisa sobre o assunto e de alguns mails trocados com o Paul Whatton (1) - filho de Maurice Whatton que em 1974 integrou o Departamente de Projecto da BBC onde as LS3/5A foram desenvolvidas e mentor do The Unofficial LS3/5ª Support Site (www.ls35a.com) – a minha perspectiva passou a ser orientada num sentido ligeiramente diferente.
Assim, passei a seguir com muito interesse as experiências que o guru Jo Ki tem efectuado com as LS3/5A e respectivos subs. Para minha surpresa, aquele patusco que chega a participar em alguns eventos de áudio na Malásia demonstrando as potencialidades das LS3/5A, faz a ligação dos subs em paralelo com com as LS3/5A…!!! E pelos vistos consegue pôr toda a gente com os olhos em bico, mesmo aqueles que originalmente os não têm….

Do site do Paul Whatton:
“Jo has wired his LS3/5As and AB1s in parallel and not in the conventional way as shown in the diagram. The + terminals on the AB1s and LS3/5As are wired together as are the -ve terminals. In theory this gives a bump in the bass because the LS3/5A is no longer rolled off. In practice Jo's system sounds superb.”

http://www.g4dcv.co.uk/ls35a/jokismethod.html

E os elogios a este setup continuam….

http://www.diy-audio-guide.com/kliav-2011-ls35a.html
http://hifi-unlimited.blogspot.pt/2010/05/state-of-heart-ki-method-mkii.html
http://hi-fi-avenue.blogspot.pt/2012/06/interesting-night-at-jo-kis-place.html

Consequentemente quando o Carlomar refere:

Carlomar escreveu:
Também reparei que na configuração que escolheu, as LS3/5 continuam a reproduzir a sua totalidade sem corte passa passa-alto, ou passo que o esquema acima liberta as mesmas dos graves que ficam exclusivamente a cargo dos AB1.

Tem toda a razão do mundo e demonstra um atento espirito de observação. Mas a opção foi deliberada, pelas razões que expliquei, e já constatei que, mesmo com os Monacor ainda verdes, a versão do Jo Ki soa fabulásticamente….

Carlomar escreveu:
Isto não é uma critica. É apenas curiosidade.

E que fosse critica…seria sempre bem vinda. Espero que a curiosidade tenha sido saciada e mil perdões pelo relambório.

Abraço

(1) – O Paul Whatton é radioamador (G4DCV) tal como eu...

vinyl33 escreveu: ...Espero que a curiosidade tenha sido saciada e mil perdões pelo relambório.

C'um cabáz de Dióspiros!!

Estou mais do que satisfeito.
Nem esperava uma resposta tão detalhada.

Além de satisfeito, aprendi bastante.
Este é para mim um mundo parcialmente desconhecido.

Lamento que tenha gasto algum tempo para preparar tão elaborada resposta, o que certamente significou um atrazo em algum projeto Diy que está a trabalhar

Da minha parte gostei bastante de ler o seu Post e o Topico ficou muito mais rico.

Vinyl33 escreveu:...depois de ... alguns mails trocados com o Paul Whatton

Da minha parte e da parte do AudioPt, quando cruzar antenas com o Paul Whatton, dê-lhe Um Oscar Bravo

Olá Carlomar

Obrigado pelas simpáticas palavras. Como já algures disse a função primordial dos Forums é exactamente irmos aprendendo uns com os outros.
Estranhei é que não tenha surgido nenhuma questão pela utilização do LPF de segunda ordem....
É que num filtro de segundo ordem dá-se uma rotação de fase de 180º do sinal. Logo a polaridade dos AB-1's fica invertida relativamente á polaridade das LS3/5A....no big deal, mas é um "pequeno pormenor" a ter em conta aquando das ligações.

Abraço

vinyl33 escreveu:
...É evidente que hoje em dia os originais B110 ainda se encontram. Mas gaita….vender o carro para comprar um par de drives é demais….

Empresários Portugueses,

aqui está uma boa oportunidade de Negocio! Clonar os Famosos B110

Olá gente,
com muito atraso...

quem tem a foto da modificacäo/dados da crossover para este clone da Rogers AB-1 ?
Tentei comunicar com o membro vinyl, mas a sua última visita foi em 2019

Obrigado.