O mesmo sistema ... um novo plateau

Caríssimos,
Depois de concluídas as obras de melhoramento de uma sala que vou utilizar quase exclusivamente para fins de audição (ver projecto em D.I.Y. - Tratamento Acústico Doméstico) eis que surgiu o tão esperado momento de instalar o meu sistema e por fim constatar se esta trabalheira toda valeu mesmo a pena.

Em termos estéticos e de valorização do espaço, já referí que o projecto excedeu largamente as minhas expectativas. E em termos acústicos, que é o que realmente interessa? Vamos ver...
Duma coisa estou certo. Este projecto (melhoramento acústico da sala) não terminou aqui. Entre outros, posso facilmente enumerar umas quantas alterações ... que aguardam por melhores dias (i.e. refresh financeiro): Páineis acústicos (absorção e difusão), Substituição de Porta, novo armário ou base para gira-discos, etc.
Bem, vamos então ao que interessa.

Uma panorâmica geral do set-up.
De salientar que esta pode não ser a disposição final, bem como a base/armário que deverá ser substituída, apesar de nem desgostar da mesma ....

O alinhamento da equipa principal é o seguinte:
-Yamaha Stereo Amplifier A-S1000
-Yamaha SACD Player CD-S1000
-Vincent Tube AM/FM Tuner STU-2
-Power Supply Filter Unit Von Masoch TW-D1005
-Power cords Vincent + Soundright
-B&W 684 Speakers (black)
-Mission 753 Freedom Speakers (black)
-QED Silver Anniversary XT (SW) speaker cable
-Chord Silverscreen Bi-wire speaker cable

O grande dilema é que um dos pares de colunas tem que passar para a 2ª equipa (para fazer companhia ao grande/pequeno TEAC CR-H500).
Se por um lado as B&W 684 são claramente portadoras de uma maior profundidade e dinamismo, as Mission 753 Freedom tem um som bastante mais neutro e puro o que lhes confere uma musicalidade muito própria e agradável. Quanto à construção, não há muito a dizer já que as Mission são incomparavelmente mais robustas e de melhor construção (Made in UK) e os materiais usados de muito melhor qualidade (muito mais pesadas também).

Apesar de muito diferentes, tanto as B&W como as Mission encaixam bastante bem neste set-up.
Um dos pontos que poderá eventualmente desempatar tem por base a relação com o gira-discos que estou prestes a instalar.
Um outro factor, bastante relevante por sinal, é o facto das B&W me causarem algum cansaço auditivo após um periodo consideravel de audição. Com as Mission parece acontecer precisamente o contrário. Quantro mais oiço mas vontade tenho de continuar a ouvir.
Estou certo que muitos de Vós entendem o que quero dizer e possivelmente já passaram por situações idênticas ...

Por úlltimo e em relação à envolvência da nova sala e a sua acústica em geral, não há dúvida que o melhoramento foi notório e considerável.

No entanto, devido às superficies planas em demasia, nota-se que o som está bastante "escorregadio" e pouco controlado nas suas diferentes vertentes mas nada que meia-dúzia de difusores não possam facilmente resolver.

Quanto a ecos, reverbação ou outro tipo de ruídos causados pela estrutura do tecto (que era o meu receio) não encontrei absolutamente nada. De qualquer das formas ainda é cedo para tecer considerações finais ou muito profundas. Vou continuar a publicar aqui os upgrades futuros e os feed-backs respectivos para a Vossa apreciação.

Cada vez mais me convenço que é mais importante possuir um sistema, por modesto que seja, num ambiente com acústica apropriada do que um super sistema em condições medíocres de audição.

Um Abraço

Parabéns pelo espaço, aconselho só um movel o mais baixo possivel, e vai ver que as colunas "desaparecem" mais facilmente. Outra coisa é escolher quais as colunas a ficar, pois assim como estão, uma delas "toca" sempre mesmo desligadas.

Parabens pelo sistema
Concordo também com o Ginjas

O primeiro comentário é que as colunas devem ser colocadas de forma simétrica em relação à sala com distância diferente à parede lateral e à traseira.

Parabéns pelo conjunto e obrigado pela partilha.

Cumprimentos

uma pequenas rectificações,... e fica um mimo

Assim uma pessoa ainda fica é com ideias de fazer o mesmo em casa e la se vao mais uns euros hehehe

Parabéns pela sala, ainda bem que sente que valeu a pena. É certo que a sala está muito despida, mas com uns paineis difusores e algo que atenue um pouco as altas e médias frequências deverá ficar 5***.

Caríssimos,
Lá me decidí a comprar um móvel para acomodar convenientemente o meu equipamento ...
Reconheço que o vidro não é propriamente o melhor material para este fim (preferia madeira) mas tendo em conta o preço, a qualidade e o facto de ser bonito, creio ter feito uma boa escolha.
Ficam as fotos para a Vossa apreciação.

O facto de poder expandir futuramente o meu set-up foi também um dos motivos que me levou a optar por este formato pois não fico condicionado em termos de espaço.

Agora só falta mesmo melhorar a acústica da sala com a inclusão de uns painéis (e talvez uma porta nova) e nos próximos tempos não quero ouvir falar em gastar mais dinheiro neste espaço. Só mesmo em discos ... Agora é só usufruir ao máximo!

P.S. Para os que cultivam o gosto pelo vinil, vou colocar mais umas fotos do meu gira&toca-discos na secção apropriada.

boa noite caro josé,

posso-lhe perguntar qual a sua opinião geral sobre o amplificador? destinge-lhe algum carácter sónico que valha a pena mencionar?

cumprimentos

Caro Facso,

De uma forma resumida (espero) e com uma linguagem não-técnica, tenho todo o prazer em deixar a minha opinião sobre o Yamaha A-S1000, mas quero salientar que não tenho quaisquer pretensões audiófilas nem nada que se pareça, pelo que a minha análise pode, por vezes, parecer pouco rigorosa e profunda. Aliás, o que eu vou expressar não se trata de uma análise sequer, mas uma mera opinião de um consumidor e mero amante de música.

Curiosamente, adquiri primeiro o Yamaha CD-S1000 (Leitor SACD) e passados uns meses largos, como precisava igualmente de substituir o meu Myryad T-40, optei pelo amplificador da mesma linha, o Yamaha A-S1000, em parte porque estava plenamente satisfeito com o leitor SACD.

Além da irrepreensível qualidade de construção, do seu agradável look retro (e duns modestos 22 KGs!) o A-S1000 pareceu-me desde o inicio muito equilibrado e acima de tudo com variadas possibilidades de expansão. Por exemplo:
Além dos cinco canais (Main Direct, Line 2, Line 1, CD, Tuner) vem ainda equipado com uma excelente etápa de phono (MM ou MC) à qual eu não tenho dado o minímo descanso.
Dois grupos de saídas (por canal) para dois pares de colunas ou para possibilitar bi-wiring (coisa rara ...). (Mais um ponto a favor, pois sou um utilizador regular de bi-cablagem nos meus sistemas).
Ligações independentes (In/Out) que possibilitam uma utilização futura como pré ou power amp. (Excelente).
Capacidade de 4-ohms que permite a utilização de uma vasta gama de colunas. (Fantástico. Como um dia penso transitar para as válvulas, posso começar por umas colunas de 4 ohms ... e mais tarde, quando me cansar do A-S1000, o amplificador ... a válvulas).
Etc. Etc.

Além de tudo isto e dos seus 90W por canal, o A-S1000 é portador de uma transparência e pureza de som excepcionais, com níveis minimos de distorção, mesmo nos suportes e passagens mais exigentes e independentemente dos níveis de volume utilizado (... muito honestamente ainda não me atreví a passar ¼ da sua potência).

Após vários meses de utilização exaustiva, posso afirmar com convicção que ainda não me cansei minimamente e que continuo a ter exactamente o mesmo prazer que sentia nos primeiros dias de audição.
Das fontes que tenho utilizado com maior frequência, permitam-me destacar o Super Audio, cujo “casamento” com o CD-S1000 tem dado os melhores frutos (apesar da limitação deste suporte, em termos de variedade) bem como a excelente etápa phono que tem deixado o meu Thorens 850 (e principalmente o dono) completamente maravilhado. Esta poderá consistir uma excelente alternativa para os amantes de vinil.

Sinceramente não compreendo algumas criticas que tenho lido, em que alguns apelidam o A-S1000 de “...demasiado rico e detalhado... e com um baixo demasiado agressivo ...”. Eu considero que possui um som bastante natural e detalhado (nada exagerado) e um baixo extremamente sólido, só isso.
Enfim, esforço-me por acreditar que poderão ser meras opiniões, mas tivesse este suberbo equipamento um logotipo de um outro fabricante (por ex: Krell) e as ditas critícas seriam certamente diferentes.

Um abraço a todos.

Nota: Não tenho nada contra a Krell, muito pelo conrário. (Contra, só mesmo o facto de serem estupidamente caros).

obrigado caro José,

sim...realmente sobre esses yamys lê-se de tudo... bom e mau:)

apesar de ainda não ter conseguido ouvir nenhum deles (amplificadores), há uns tempos atrás pisquei o olho ao as2000... e ainda não perdi a vontade de o ouvir.

tem uma construção interna e externa espectacular... isso é certo!

cumprimentos!