Volume NAD C316

Meus caros,

Na passada semana, encontrando-me em casa, e certificando-me que todos os vizinhos estavam fora (não são muitos), atrevi-me pela primeira vez a ver onde é que o NAD ia...

Factos:

Volumes aceitáveis
- Para ouvir à noite: o knob praticamente não mexe, assim que sinto alguma extensão de graves paro. (A estes volumes, falta um pouco de graves, mas a definição e prazer estão lá)
- Para ouvir durante o dia com a minha senhora na sala: Knob às 8horas
- Para ouvir sozinho na sala, sentado em posição de audição: entre as 8 e as 9 horas, dependendo da gravação e estilo de música
- Para ouvir a efectuar tarefas pela casa: entre as 9 e as 10 horas
(Neste dia, passei pela primeira vez das 9horas)

Volumes difíceis em condomínio
Efectuei os testes mais "puxados" com: "what a wonderful world" - katie melua; "hotel california" - eagles; "tin pan alley" - stevie ray vaughan; "one" - metallica.
- 0horas: com todas as 4 música, com seus estilos diferentes, o som era limpo, definido, e com um pujança brutal (NOTA: ao entrar no prédio de 3 pisos, morando eu no último, 2º andar, ouvia-se e sentia-se perfeitamente). Conseguiria perfeitamente ouvir a este volume, não fosse a minha senhora passar-se e viver eu num prédio (apenas 6 fracções, mas não deixo de ter vizinhos).
- 2horas: as músicas "what a wonderful world" - katie melua e "tin pan alley" - stevie ray vaughan, continuaram limpos, definidos e com uma presença superior. NOTA: tenho todos os equipamentos no móvel central isolados, com excepção da zon box da pace, que começou aos saltos . Vi também, pela primeira vez, os drivers de médios/graves das WF 10.2 verdadeiramente a "dançar". Nas músicas "hotel california" - eagles e "one" - metallica, comecei a sentir alguma confusão no som, não percebi se eram os meus ouvidos ou as colunas a queixarem-se....
- 3horas: foi o limite! Não tive coragem de descer mais: As músicas "hotel california" - eagles e "one" - metallica, começaram de facto a provocar alguma distorção; na "what a wonderful world" - katie melua os agudos das duas meninas, principalmente da Eva Cassidy, começavam a ficar demasiado estridentes, sendo que a única que se aguentou foi a "tin pan alley" - stevie ray vaughan. Mas, conforme se diz na giría, era uma "bujarda do caraças"! A qualidade é começava a decair.

Não sei se outros utilizadores do NAD C316 têm uma percepção idêntica à minha, mas tinha interessa em conhecer as vossas opinões.

Para a generalidade...surgem-me algumas questões, algumas delas acredito de perfeito ignorante, mas pretendo aprender...
- Isto são 40W? 100W não serão exponencialmente mais fortes certo?
- A potência vai influenciar mais a baixo volumes e colocar qualidade em volumes superiores?
Percebo que o resultado final advem de todos os elementos do meu sistema, mas nestas questões penso que as colunas e o amp terão o papel mais preponderante.
Com este teste, posso dizer que o NAD vs o AV Pio: em baixos volumes ganhei definição e extensão de graves; a altos volumes...ganhei tudo!

Desde já agradeço a vossa opinião.

Abraço

Este assunto foi parcialmente abordado noutro tópico http://www.audiopt.net/t10937-naim-nait5i-vs-primare-i30#125632 onde referi que a posição do potenciómetro não tem qualquer significado.

As Wharfedale Diamond 10.2 produzem, em teoria, 86db a 1 metro de distância quando alimentadas por 1W.
Se o ponto de escuta estiver a 2 metros esse valor baixa cerca de 6dB para 80dB.
Para se obter um nível de 90dB (um valor médio normal a tender para o elevado) no ponto de escuta será necessário utilizar uma potência de 10W e em certos picos esse valor poderá ir até aos 20-25W.

Quanto à questão das diferenças de tonalidade que escutamos entre volumes altos e baixos isso deve-se ao facto da resposta ou sensibilidade do nosso ouvido variar consoante o volume, conforme se pode ver nas curvas de Fletcher–Munson:


A 90dB a nossa sensibilidade no extremos grave (e em menor escala no agudo) é muito mais equilibrada do que a 30dB onde a gama média nos soa muito mais alto.

É por esta razão que durante alguns anos (antes dos audiófilos se terem tornado obsessivos) muitos amplificadores traziam um circuito muito útil denominado LOUDNESS ou CONTOUR (bem como controlos de BASS e TREBLE) e cuja função era a de aumentar a intensidade dos graves e agudos para que a tonalidade a baixos se tornasse mais agradável e semelhante àquilo que escutamos a volumes "normais".

Certos fabricantes de colunas afinam a tonalidade das suas colunas para que estas soem melhor a volumes moderados e outros optam por uma resposta mais plana de onde resulta uma aparente anemia nos graves aos referidos níveis de pressão sonora, sendo necessário aumentar muito o volume para que o som fique equilibrado.

Outro factor importante nesta equação prende-se com o facto de que as colunas pequenas, ou com altifalantes de diâmetro reduzido são relativamente limitadas no que toca à reprodução a volumes elevados (distorcem) pelo que a sua escolha não é indicada para sala de grandes dimensões ou se gostamos de escutar a níveis de pressão sonora poderosos.

Convém ainda notar que quanto melhor ou mais transparente for o sistema melhor será a resolução a volumes elevados (e também mais baixos) e o som mais natural e suave: se compararmos dois sistemas, o pior dará a ideia de estar aos berros a um volume mais baixo do que o melhor.

Ricardo

Obrigado Ricardo pelas noções técnicas.

Logicamente que, para os demais utilizadores do NAD C316, as suas próprias colunas e sala terão influência grande no resultado com determinada posição do potenciometro, ainda assim, gostava que dessem o seu contributo. Até porque, sendo o mesmo amplificador, será interessantes verificar o que determinadas colunas podem fazer ao resultado.

Em posição de audição, estarei a cerca de 3 metros de cada coluna.

Obrigado.

_nimitz_ escreveu:Logicamente que, para os demais utilizadores do NAD C316, as suas próprias colunas e sala terão influência grande no resultado com determinada posição do potenciometro

Caro Carlos,

Na minha experiência, a intensidade de atenuação de um potenciómetro não é progressiva pelo que a meu ver da sua tentaviva de comparação de desempenho não irá obter quaisquer conclusões úteis.

A posição do potenciómetro depende da sensibilidade das colunas, da distância do ponto de escuta e do volume da sala.
Se utilizar um par de colunas com 92dB irá necessitar de metade da potência para produzir o mesmo nível de pressão sonora.

_nimitz_ escreveu:Em posição de audição, estarei a cerca de 3 metros de cada coluna.

Em teoria, a uma distância de 2 metros dá-se uma perda de 6dB e a 3 metros a perda é de 9,5dB.

Refazendo as contas para o seu sistema:
A 3 metros de distância as D10.2 irão produzir 76,5dB quando alimentadas por 1 Watt.
Para se obter um nível de 90dB (um valor médio normal a tender para o elevado) no ponto de escuta será necessário utilizar uma potência de aproximadamente 15W.

Quais são as dimensões da sua sala?

Ricardo

Caro nimitz
O meu nad C316 toca com umas Rega Rs3 e colocar o Knob além das 9/10 horas é algo impensável. Nas 9 horas já é um volume bastante alto. Não noto nenhuma distorção nem excesso de graves ou agudos. O som é limpo. A partir dai não sei porque os meus ouvidos também não iam aguentar e os vizinhos também não.
Cumps

Meus caros,

Ambas as vossas intervenção, ajudam a perceber.
Percebo, e eu próprio referi, toda a influencia externa (de outros elementos) que impossibilita comparação directa.

No entanto, e sendo as colunas do Sonik mais sensiveis (mais 3dB), sentirá mais pressão com a mesma posição do potenciometro, mas....no geral, vai de encontro à minha experiência: o potenciometro não passará das 9/10horas, para uma audição com toda a qualidade e força, e sem perturbar os demais.
O que me leva a outra questão?/constatação: a potência de um amp importa sob a forma como conduz as colunas, e não onde poderá chegar relativamente a níveis de volume (sem distorção claro), uma vez que apenas 1/4 - 1/3 do curso do potenciometro será utilizado.

onga-ku escreveu:Quais são as dimensões da sua sala?

32m2
Já discutido anteriormente que beneficiaria com umas colunas de chão e mais extensão de graves.

Obrigado.

O facto de se ter mais volume sonoro com o botão na primeira metade do curso, deve-se apenas ao facto de estes não serem lineares, antes logarítmicos. Na segunda metade do curso, poderemos constactar claramente que o aumento da pressão sonora não é proporcional ao aumento do curso.

As colunas também não respondem de forma linear. Com potência reduzida, o grave não tem a mesma resposta pela razão simples de que a massa da membrana a deslocar necessita de potência, obviamente. E quanto maior for o diâmetro do altifalante, mais massa há para deslocar, logo mais potência é necessária. O tipo de caixa também contribui para esta dificuldade.

Mfigueiredo escreveu:
O facto de se ter mais volume sonoro com o botão na primeira metade do curso, deve-se apenas ao facto de estes não serem lineares, antes logarítmicos. Na segunda metade do curso, poderemos constactar claramente que o aumento da pressão sonora não é proporcional ao aumento do curso.

As colunas também não respondem de forma linear. Com potência reduzida, o grave não tem a mesma resposta pela razão simples de que a massa da membrana a deslocar necessita de potência, obviamente. E quanto maior for o diâmetro do altifalante, mais massa há para deslocar, logo mais potência é necessária. O tipo de caixa também contribui para esta dificuldade.

E os nossos ouvidos também não. Precisamos de um incremento progressivamente maior para sentir a mesma diferença.

amigos

o meu irmão tem um destes e fiz alguns testes e os resultados dos volumes de audição são exactamente como descreve!

já o 355 aguenta mais volume com menos distorção.

Abraço

Obrigado pelo feedback Valkilm.