Menos é mais

Já andava há uns tempos com a ideia que visto a saída do meu DAC já ser bastante alta, não fazia grande sentido (ou nenhum) estar a atenuá-la para depois a voltar a amplificar. Uma vez que adquiri recentemente um amplificador integrado a um preço baixo aproveitei para perder o medo e meter mãos à obra fazendo-lhe umas modificações. No fundo tratou-se de eliminar a etapa de pré-amplificação, controlos de tonalidade e balanço e comutador de entradas (solid state). Fiquei apenas com o controlo de volume ligado directamente ao inicio da secção de power e eliminei bastante trajecto do sinal através de pistas do circuito impresso (neste amplificador ainda por cima como tinha saída de pré e entrada de power ligadas externamente por jumpers o sinal fartava-se de viajar). Ainda eliminei dois condensadores que existiam a seguir ao potenciómetro de volume (perigoso ??).
Resultado: um amplificador novo. Este amplificador tinha um som algo velado. Notava-se que havia ali potencial mas que se perdia algo significativo. Com esta modificação ficou muito natural e equilibrado. As vozes que se escondiam um pouco agora estão bem presentes e soam muito reais.
Esta experiência reforçou a minha ideia que no áudio talvez o mais importante seja tentar preservar ao máximo a integridade do sinal e da informaçãoe que muitas vezes se introduzem elementos redundantes que só vão degradar cada vez mais o som.

Existem em Portugal alguns "preparadores" que modificam equipamentos electrónicos com essa filosofia em mente e os resultados são fantásticos.
Um exemplo:


Ricardo

Pois é isso . Neste momento posso dizer que este amplificador duplicou o seu valor sonoro e o que fiz foi tirar-lhe coisas ! Curioso não é ?

ughö escreveu:Pois é isso . Neste momento posso dizer que este amplificador duplicou o seu valor sonoro e o que fiz foi tirar-lhe coisas ! Curioso não é ?

Muito.
Mas se os fabricantes não "dourassem a pílula" à sua maneira os equipamentos electrónicos tinham todos (relativamente) o mesmo som e não se distinguiam em comparações na loja.

ughö escreveu:Pois é isso . Neste momento posso dizer que este amplificador duplicou o seu valor sonoro e o que fiz foi tirar-lhe coisas ! Curioso não é ?

É assim, se os componentes forem de má qualidade… se calhar quantos menos tiver melhor…

onga-ku escreveu:Existem em Portugal alguns "preparadores" que modificam equipamentos electrónicos com essa filosofia em mente e os resultados são fantásticos.
Um exemplo:

Ricardo

É, de facto os portugueses são bons é a fazer desaparecer coisas… sejam elas de que tipo forem…

nole escreveu:

ughö escreveu:Pois é isso . Neste momento posso dizer que este amplificador duplicou o seu valor sonoro e o que fiz foi tirar-lhe coisas ! Curioso não é ?

É assim, se os componentes forem de má qualidade… se calhar quantos menos tiver melhor…

E se forem desnecessários também.

nole escreveu:

onga-ku escreveu:Existem em Portugal alguns "preparadores" que modificam equipamentos electrónicos com essa filosofia em mente e os resultados são fantásticos.
Um exemplo:

Ricardo

É, de facto os portugueses são bons é a fazer desaparecer coisas… sejam elas de que tipo forem…

Neste caso é como se fizessem desaparecer 30 anos de cêra dos nosso ouvidos, ou talvez uns espessos cobertores de cima das colunas...

eheh Acredito...

Mas, já agora, até gostava de saber o que esse grupo de “preparadores” era capaz de fazer com este Mark Levinson…

nole escreveu: eheh Acredito...

Mas, já agora, até gostava de saber o que esse grupo de “preparadores” era capaz de fazer com este Mark Levinson…

Até pode ter montes de excelentes componentes cada um deles absolutamente essencial e ser muito bom. Não generalizei. Não disse que tudo o que tem muta coisa é mau e acho errado dizer o contrário também. A ideia essencial é que por vezes e reforço a ideia do "por vezes" a simplicidade (ou a simplificação) é vantajosa.

E como excepção à regra temos as colunas que necessitam de pelo menos três vias para conseguirem reproduzir de forma adequada toda a gama de frequências audível pelo ser humano.

Ricardo

onga-ku escreveu:E como excepção à regra temos as colunas que necessitam de pelo menos três vias para conseguirem reproduzir de forma adequada toda a gama de frequências audível pelo ser humano.

Ricardo

Nesta questão estamos em desacordo, caro Ricardo. Depende sempre das capacidades e qualidade das unidades utilizadas. Há unidades que sobrepõem as respectivas bandas de reprodução na zona sensivelmente plana e que cobrem todo o espectro audível.

E nas colunas, convém não esquecer que também há electrónica com os vícios normais do quanto mais...pior!

Mfigueiredo escreveu:

onga-ku escreveu:E como excepção à regra temos as colunas que necessitam de pelo menos três vias para conseguirem reproduzir de forma adequada toda a gama de frequências audível pelo ser humano.

Ricardo

Nesta questão estamos em desacordo, caro Ricardo. Depende sempre das capacidades e qualidade das unidades utilizadas. Há unidades que sobrepõem as respectivas bandas de reprodução na zona sensivelmente plana e que cobrem todo o espectro audível.

No que se refere a colunas de duas vias, isto na minha experiência e conhecimento, para que um mid-woofer consiga reproduzir médios, graves e sub-graves são necessários vários compromissos que inviabilizam um bom desempenho em ambos os extremos como o beaming, ou seja, o estreitar do cone de dispersão com o aumento da frequência que dificulta a integração com o tweeter e vai prejudicar a resposta polar das colunas.
Esse beaming pode ser resolvido recorrendo a um cone de menor diâmetro mas isso implica que será necessário aumentar a excursão do mesmo (e provavelmente adicionar um segundo cone) para obter a mesma extensão de graves e daí resulta maior distorção.
E a juntar à festa ainda temos as célebres muletas (pórtico, linha de transmissão) que só pioram o cenário.
Para os mais cépticos proponho a escuta pedagógica de um par de B&W 801F ou Dunlavy SC-IV.

Quanto aos altifalantes de banda larga, pura ficção científica, são o mito mais bem preservado do audio e com o qual eu em tempos alinhei...é nisto que resulta a ignorância.

Por falar em menos é mais, apesar de eu continuar muitíssimo satisfeito com o meu super power F5 (super na qualidade, não na potencia) com apenas 4 transístores por canal e sem condensadores, em breve irei construir um amplificador com apenas UM transístor por canal.

Viva o minimalismo.

Claro que há exceções.

Por exemplo, tive uma curta experiência com um full range que não gostei, estou a usar duas vias neste momento, mas por vezes sinto falta de um médio dedicado.
Neste caso concordo com o Ricardo.
Só não o fiz ainda por causa de ter de usar um Crossover mais complicado, vai ser uma carga de trabalhos acertar os cortes entre as unidades e alinhamentos temporais, etc.

o que se pode fazer a este PA export mf200? +-20 anos



aqui com transformador novo



meti dois nucleos de ferrite na entrada do transf na fase e no neutro axam bem?



cabo de alimentaçao 3*1.5mm blindado



resultado final foi dar nova cara ao amp



abraço

sugestões de melhoramento:

substituir e eventualmente aumentar a capacidade dos condensadores electroliticos da fonte

substituir os potenciometros por uns de melhor qualidade tipo alps blue por exemplo

as ligações para as colunas são fichas jack ?? substituir por terminais de rosca

eventualmente substituir os condutores de sinal por uns de melhor qualidade e as fichas de entrada