First Watt F5 Amp. de Potencia Class A

Carlomar escreveu:
Paa,

Já que falamos nas resistências de Source dos Mosfets R11 e R12, (0,47ohms), se me permite, a sugestão que dou ao Paa, é tentar meter aqui algo um pouco melhor, como por exemplo as MILLS RMA05, que não custam nenhuma fortuna.
http://www.partsconnexion.com/prod_pdf/mills_MRA.pdf

Penso que este é o ponto mais fraco do seu F5.
Os restantes componentes parecem-me excelentes e a construção também.

Vá dando noticias das suas audições e opinião acerca do som.

Cumpr.

Fica registado!
Na verdade, optei inicialmente por comprar material barato pois não sabia se o F5 estava ao nível do meu amp a válvulas. Mas agora que tenho a certeza que sim, estou a pensar fazer vários melhoramentos:
1 - Melhorar as resistências de entrada de 1K (talvez vishay naked z-foil?)
2 - Mudar as pontes para hexfred
3 - Melhorar os condensadores da fonte de alimentação
4 - Mudar as resistências de source
5 - Mudar as resistência de feedback

Está-me a parecer que se calhar será melhor arranjar uns PCB novos...

Entretanto, tenho um problema mais premente: a sequeezebox touch tem um sinal muito elevado, o que me obriga a trabalhar com a saída digital muitas vezes perto dos 50%, o que não é bom. Já arranjei uns atenuadores de 10db, mas mesmo assim não chega.

Estou já a trabalhar numa alternativa. Em breve darei notícias aqui no DIY...

Quanto ao som, continua a surpreender, especialmente a tocar 24/96 da hdtracks: som limpo, muito rápido, sem exageros no agudo (as minhas triangle têm uns tweeter de corneta fantásticos mas que podem ser muito agressivos), palco enorme.


p.s.: Por alguma razão não recebo mails a avisar de novas mensagens.

paa escreveu:...optei inicialmente por comprar material barato pois não sabia se o F5 estava ao nível do meu amp a válvulas. Mas agora que tenho a certeza que sim, estou a pensar fazer vários melhoramentos:
1 - Melhorar as resistências de entrada de 1K (talvez vishay naked z-foil?)
2 - Mudar as pontes para hexfred
3 - Melhorar os condensadores da fonte de alimentação
4 - Mudar as resistências de source
5 - Mudar as resistência de feedback

Está-me a parecer que se calhar será melhor arranjar uns PCB novos...

Não me parece que seja necessário uma solução tão radical.

Os componentes mais baratos não tem que ser obrigatoriamente maus.

Veja o caso da resistências DALE, são baratas e são excelentes. Eu ai não mexia.

Os seus condensadores Panasonic, não sendo os melhores, são o que o Nelson Pass usava na versão de serie, logo não podem, ser assim tão maus.
Ai sim gasta-se muito dinheiro para meter uns melhores.

No meu caso consegui arranjar uns Gold Tune e também uns Mundorf a um preço razoável.

Mas para já eu mantinha as DALE e os condensadores e metia as resistências de Source da MILLS que custam 2,95dolares cada com o cambio ficam 2 euros cada. È razoável.

As Z-foil (ou TX2575) essas sim são escandalosamente caras, mas são do melhor que há.


Eu estou a usar uma de 1K na entrada no meu prototipo e foi do melhor que já ouvi naquele sitio. Mas com as DALE também não vai mal.

Outra sugestão,
Na fonte de alimentação, em vez de usar aquelas 4 verdes em paralelo de 0,47ohms, pode meter só uma MILLS de 5W de 0,12ohms.
È o que vou fazer para a o meu F5 versão final.



O F5 toca muito bem com componentes vulgares, não é muito critico. Mas pode melhorar, com alguns componentes melhores.


Quando construi as primeiras placas do F5 fiz em simultâneo placas para o Aleph J e soldei os componentes quase todos.

Mas para mal deste ultimo o F5 prototipo com ventoinhas, tocou tão bem logo nos primeiros acordes que o projeto do Aleph está parado desde então.




Vá com calma, deixe queimar bem o F5 e depois melhore os componentes que lhe sugeri.

cumpr.

paa escreveu:... não sabia se o F5 estava ao nível do meu amp a válvulas. Mas agora que tenho a certeza que sim, estou a pensar fazer vários melhoramentos:

Uma pergunta,
E ao nível da musicalidade, que costuma ser o ponto fraco dos transístores Vs Valvulas, como é?
O F5 dá conta do recado?

Carlomar escreveu:
Uma pergunta,
E ao nível da musicalidade, que costuma ser o ponto fraco dos transístores Vs Valvulas, como é?
O F5 dá conta do recado?

Sou muito sensível no que se refere a essa questão. Não consigo simplesmente suportar alguns equipamentos de grande gabarito que circulam por aí. Ao ponto de ter feito o percurso todo ao contrário: dos transístores para os híbridos, para as válvulas, e até (num momento irracional) arranjei umas quad esl 63 só para experimentar a tal magia. Mas tenho que reconhecer que o F5 não me cria nenhuma ansiedade. Talvez seja da temperatura Mas não deve ser apenas isso: o F5 gosta do mesmo tipo de colunas que as válvulas (impedância não muito baixa, elevada sensibilidade), pelo que encontro afinidades.

Reconheço que existem tradeoffs e gostos pessoais. No amp a válvulas experimentei os modos ultra-linear e tríodo, tendo preferido o ultra-linear, não pela potência mas antes pelo controlo. Diria portanto que aconselho sem restrições o F5 a quem gosta do modo ultra-linear e aconselho a experimentar quem gostar mais de tríodos.

e em cascode alguem ja experimentou?

Marmes escreveu:e em cascode alguem ja experimentou?

Em cascata não experimentei, parece que tem vantagens, sendo a principal a possibilidade de aumentar a potencia com o aumento da tenção da fonte de alimentação.

Por sugestão de um amigo, estou a começar a pensar na possibilidade de fazer 2 F5 em "Ponte".

Sei que o Marmes anda ocupado com o amp Class D, mas depois pensa avançar com esta construção?

Muito lentamente a construção vai avançando.
A vida não é só hi-fi

Na fonte de alimentação condensadores Mundorf HC e Nichicon KG (Gold tune)

As placas de potencia e o respetivo dissipador



A placa aqui já tem todos os componentes.
Decidi para melhor qualidade de som não usar os circuitos de proteção de corrente, nem as NTC.

Gosto circuitos minimalistas.


Como isolante entre os Mosfets e o dissipador vou usar Kerafol Keratherm.
Este material tem uma resistência térmica muito baixa o que é excelente para transístores de saída em Class A.

Data sheet

Muito bem . Grandes progressos desde a ultima vez que tive a oportunidade de ver a montagem.
Está com um óptimo aspecto .
Muitos parabéns. Espero em breve também reiniciar a montagem do meu.

Boas.

O Carlomar está a arranjar-me mais trabalhos. Estou mesmo a ver.

Até porque tenho por cá um clone NAP que deixou de funcionar.....Posso sempre usar o transformador dele e mais umas coisitas!

Logo que acabe mais um up-grade ao Ella irei pensar muito a sério nessa possibilidade.

Carlos. Vai aí uma ajudinha?

Abraço.

Caro Paa,

pode por gentileza informar onde adquiriu essa placa de ligações preta que tem na entrada de corrente?

Já procurei em algumas casas e não encontrei.

paa escreveu:

Mfigueiredo escreveu:

Boas.

O Carlomar está a arranjar-me mais trabalhos. Estou mesmo a ver.

Até porque tenho por cá um clone NAP que deixou de funcionar.....Posso sempre usar o transformador dele e mais umas coisitas!

Logo que acabe mais um up-grade ao Ella irei pensar muito a sério nessa possibilidade.

Carlos. Vai aí uma ajudinha?

Abraço.

O amigo Manuel,
já sabe que estarei disponível para ajudar, mas como já falamos o transformador do NAP tem demasiada tensão para o F5.

Nos amplificadores classa A a quantidade de calor a transferir do transistor para o dissipador é grande.
Por isso convém usar isoladores com alta condutividade térmica.

È pena que as micas muito usadas alguns anos atrás sejam cada vez mais difíceis de encontrar.

O que se encontra facilmente são os isoladores de silicone, que infelizmente não tem a mesma eficiência.

Já experimentei estes dois e posso dizer que com as micas a diferença de temperatura entre os transistores e o dissipador era cerca de metade(10ºC) em relação aos isoladores de silicone(20ºC).

Não recomendo os isoladores de silicone para o F5.

Em breve irei experimentar os isoladores de Kerafoll

Á esquerda Mica, ou centro silicone e á direita Kerafoll.

Existem outros materiais como ceramica e Kapton mas desconheço as propriedades.

Cumpr.

Após mais de seis meses de serviço inestimável, o meu F5 avariou. Um dois canais começou a acusar distorção. Depois de aberta a caixa, verifiquei que o bias não estava nos valores esperados e, ainda por cima não conseguia corrigir. Retirado o circuito e verificadas as ligações, lá consegui corrigir o bias, mas a verdade é que alguma distorção ficou. Ainda por cima o circuito não permite andar a soldar e dessoldar, pois as pistas começam a levantar. Enfim, um desastre.

Optei por uma solução radical: reconstruir o F5. Mas para o trabalho ficar mais interessante decidi construir uma versão melhorada:

- Placas Peter Daniels (como anteriormente)
- Componentes Tech-Diy (baseados na versão R1 do F5, com algumas alterações de valores de resistências)
- Upgrade de resistências Tech-Diy, com caddock MP9xx em R1, R2, R5, R8, R11 e R12. Finalmente vou seguir os conselhos aqui do forum e vou melhorar R11 e R12.
- Upgrade das resistências R9. Vou usar as famosas vishay naked z-foil.
- Duplicação da fonte de alimentação. Mantenho um único transformador mas fico com o dobro da energia de reserva e "quase" um duplo mono.

A figura abaixo mostra o F5 já desmontado e com a fonte no seu novo lugar. Optei por virar os condensadores ao contrário. Por um lado evito ter de furar a base (um trabalho irritante) e por outro fico com acesso mais facilitado para soldar as ligações.

As fontes já estão a funcionar. Falta agora soldar os amplificadores.

Nota: Sobre uma pergunta anterior, que penso não ter respondido, a barra de ligações é da mouser (538-38280-0104
Molex Barrier Terminal Blocks).

A ironia do destino é que antes do F5 avariar tinha acabado finalmente o meu pré. Agora tenho o pré a funcionar e falta-me o amp.

Eis o dito pré. Não sei se alguém já construiu algo parecido. Trata-se de um pré passivo baseado em resistências LDR (Light Dependent Resistor). O seu interesse é que são a versão mais minimalista que um pré pode ter, pois no circuito do sinal apenas estão duas resistências soldadas, sem comutadores. A electrónica destina-se apenas a controlar os LEDs que comandam as resistências (shunt mais série). Eis algumas figuras:





trata-se de um Lighter Note. O circuito não é fornecido, mas percebe-se razoavelmente como funciona. No essencial são uns reguladores da fonte (à esquerda) e uns potenciómetros que permitem regular a tensão aplicada aos LDR (à direita).





O circuito colocado na caixa. A qualidade dos potenciómetros e do transformador é baixa, mas eles não estão directamente relacionados com o sinal audio.

mais umas fotos:





RCA da wbt. Ficha de sector neutrik (são mais fáceis de furar). Caixa da Modus Shop.





A placa frontal tem 1cm de espessura, pelo que tive de comprar uns extensores para os potenciómetros.





Os LDR. É preciso usar pasta de soldar porque os LDR são muito sensíveis à temperatura. Se o ferro fica muito tempo os LDR deixam de estar emparelhados.

Mais tarde digo como soa.

O novo F5 com todos os componentes montados.





E pronto a ser instalado. As resistências caddock precisam de dissipadores.



Vamos a ver se funciona...

Caro Paa,

Mais uma vez lamento o sucedido, mas vejo que não baixou os braços e já arregaçou as mangas, e está para sair ai uma versão melhorada do F5.

Por vezes há males que veem por bem.

É pena não se chegar a apurar exatamente o que aconteceu.

O meu F5 (ainda em prototipo) já vai com mais de ano e meio, e com muitos maus tratos, nunca deu problemas, no entanto é conveniente ter alguns cuidados pois estamos a lidar com um amp com uma largura de banda DC - 1MHZ(-3db) e sem condensadores.

Existe um Forista que com outros trasistores no seu F5 conseguiu uma largura de banda 2,1Mhz.

Penso que já lhe sugeri que usasse os transistores de potência (Mosfets) soldados diretamente ás placas. Ficam a cerca de 11cm de afastamento entre si o que é suficiente.



Também aquela questão que já lhe falei de usar as resistências gate-stopper o mais próximo possível das portas dos Mosfets, ficaria logo resolvida.

Relativamente ao pré baseado em LDRs, fiz um á cerca de 10 anos , mas muito mais primitivo.
Era constituído apenas por uma resistência fixa serie de 10K e um LDR shunt. Era muito neutro e tem a vantagem de não haver partes moveis.

Acabei por deixar de usa-lo porque o emparelhamento entre canais era muito difícil de obter. Quase sempre tinha um canal a tocar mais alto que o outro. As resistências LDR não era emparelhadas.
Também o volume mínimo era por vezes demasiado forte quando ouvia musica á noite.

Com a sua versão e com os cuidados de construção que teve não deverá ter estes problemas.

A sua caixa tem um aspecto fantástico. Muito bonita mesmo.

Entretanto depois de usar um bom pré activo, (Ptpré) não consigo voltar a usar passivos, pois a desaceleração em termos dinâmicos é logo percebida.

Garanto-lhe que não vai retirar toda capacidade dinamica do F5 com um pré passivo.

Talvez ficasse muito bem um Buffer B1(Nelson Pass) entre os LDRs e o F5.
Permitiria um melhor casamento de impedancias.

Diz quem já experimentou que o B1 e o F5 casam muito bem.

Obrigado por partilhar conosco as suas experiências.

Continue a dar noticias.

Cumpr.

paa escreveu:
- Duplicação da fonte de alimentação. Mantenho um único transformador mas fico com o dobro da energia de reserva e "quase" um duplo mono.

Concordo, esta fonte de alimentação vai melhorar muito o amplificador.

Eu recentemente substitui os condensadores do meu F5 e coloquei os novos Mundorf e Gold Tune.
A diferenças foi muito grande.

Durante a primeira semana o som era muito duro e frio.
Uma semana depois o som começou a melhorar e após duas tres semanas posso dizer que foi um excelente up-grade.

De facto a fonte de alimentação é muito importante.

È interessante que o Nelson Pass não recomenda retificação por Diodos modernos Rápidos. Ele nos seus amps usa as vulgares pontes retificadoras.

paa escreveu:O novo F5 com todos os componentes montados.

Caro Paa,
não percebo porque não está a usar R19 e R20

Carlomar escreveu:

paa escreveu:O novo F5 com todos os componentes montados.

Caro Paa,
não percebo porque não está a usar R19 e R20

No esquema que eu tenho da versão R1 essas resistências não aparecem. É verdade que R11 e R12 na versão R1 têm 0.68 ohms, enquanto na versão original têm .47; e eu estou a usar 0.50.

O circuito que eu tenho da versão R1:



Diga-se de passagem que estou a usar a versão original da entrada, com 1K, 100K.

paa escreveu:
No esquema que eu tenho da versão R1 essas resistências não aparecem.

Sim tem razão. Não tinha reparado nisso.
Mas acho essa omissão um pouco estranha.
Poderá ser um erro tipográfico.
Sem essa resistência a tensão de referencia á base do transistor Q5 e Q6 vai ser muito diferente.

Mas no esquema do Nelson Pass elas aparecem.

Em caso de duvida eu preferia usar o esquema original do NP.
F5 versão R1

Oops! Caro Carlomar, tem toda a razão. Tinha acabado de descobrir essa versão.

O que é irritante é que o esquema anterior foi-me enviada pelo Tech-Diy, que não me enviou as resistências de 100R que me faltavam. Felizmente tinha encomendado as caddock com o mesmo valor e agora vou ter de usar as 100R de 3W que tinha a mais.

Pode usar ai qualquer resistência de 100ohms ou mesmo as de 150 ohms que tinha nas placas antigas.
Não é um ponto critico do circuito uma vez que não estão diretamente no circuito de audio.
Apenas dão uma referencia ao circuito de proteção de corrente.

E não consigo fazer o bias do circuito.

Esta segunda versão está a ser mais difícil que a primeira...

Mas já experimentou colocar essa resistência?
Se precisar tenho 2 Dale de 100ohm usadas que poder ceder-lhe.
Mas ai pode ser uma resistência vulgar do mercado nacional.

Ou então retira todo o circuito de proteção de corrente, como eu fiz.

Carlomar escreveu:

Já coloquei essas resistências.

Também já subi R5 e R6 (do novo circuito) para 3.3R. Isto porque os Q1 e Q2 que o Tech-Diy me enviou são diferentes dos que usei no circuito anterior (estes têm a referência GR). Vou agora experimentar com 4.4R, mas isto é uma trabalheira.

paa escreveu:...Também já subi R5 e R6 (do novo circuito) para 3.3R. ...

Penso queria dizer 3.3K

Consegue obter algum valor de bias, ou fica a zero?

O problema está a acontecer nos 2 canais ou só em um?